Desde os tempos antigos, quando a humanidade caminhava em seu potencial de percepção, os sábios sentiram a necessidade de criar cerimônias. Estas são atos que amplificam ocasiões de profunda transformação durante o decorrer da vida. Esses momentos marcavam a caminhada biológica humana, isto é: concepção, nascimento, puberdade, união matrimonial, maturidade, ritual da menopausa, e morte. Em cada mudança, os indivíduos eram inseridos em novos papéis sociais e a sua contribuição para o Todo se redefinia.
Através da conexão intrínseca de outras dimensões, os Antigos, de acordo com cada tradição, povo e período histórico, foram sonhando os rituais que ajudariam as pessoas a encontrarem a seu propósito de vida.
A cerimônia é uma precipitação e reconfiguração do corpo celular, que hoje é comprovado cientificamente.
Nas civilizações mais antigas os ritos de passagem eram parte dos seus costumes. Cada tradição tinha o seu modo de realizar esses rituais poderosos de preparação para a vida.
Durante uma imersão de vários dias os meninos realizam no topo da montanha a sua Busca, entrelaçando a sua visão interior com o mundo tangível. As meninas adentram nas cavernas na busca da sua conexão com o seu Profundo Feminino durante um período de 4 dias e 4 noites.
Nos tempos de hoje, o ser humano questiona atitudes, posturas, comportamentos, conflitos de polaridade diante de uma sociedade que se afastou do seu propósito. O propósito de se tornar responsável por todas as formas de vida, acentuando aspectos de maturidade iniciando uma nova fase de vida.
Esses ritos se iniciam na adolescência e podem ser vivenciados em qualquer idade.
Nas tradições Ameríndias o homem e a mulher, aos 52 anos de idade, adentram na sabedoria e pertencem ao círculo dos Anciões/Anciãs. Através de um ato ritualístico poderoso a pessoa sela esta iniciação frente ao Universo.